A noite gelada de terça-feira (7) não espantou o entusiasmo e alegria das mais de 200 pessoas que participaram da Roda de Samba realizada na Câmara Municipal.
Interpretes, compositores, passistas, produtores e baluartes se revezaram no palco do auditório externo da casa legislativa em evento que marcou início da tramitação do Projeto de Lei que institui incentivos públicos e parcerias com setor privado para o fomento do samba na cidade de São Paulo.
O projeto foi apresentado pelo mandato da vereadora Juliana Cardoso(PT) em parceria com o Fórum Permanente do Samba, que elaborou o conteúdo. Ele propõe destinar recursos para projetos ligados ao samba. O acesso às verbas acontecerá por meio de editais anuais.
Expoentes do samba foram chamados a se apresentar por Duda Ribeiro e Jessica Américo. Clássicos desse gênero musical, que faz o Brasil ser reconhecido mundialmente, levaram pessoas a improvisar pista de dança.
O desfile de talentos do samba começou com Everson Pessoa, seguiu em frente com Naná da Mangueira, Marcos Mamilo, Marquinhos Jacá, Priscila Amorim, Graça Braga Zanza Simião, NaldoCandiá, Claudinho Oliveira e Tobias da Vai Vai, dentre outros
Em meio aos números musicais, intervenções de representantes das comunidades do samba paulistano e de entidades dos artistas explicaram o teor do projeto e a necessidade de mobilização para que este seja aprovado e sancionado.
Presentes ao evento, a vereadora Silvia da Bancada Feminista (PSOL) fez saudação e solicitou coautoria do projeto, assim como a Bancada do Quilombo Periférico (PSOL) pelo vereador.
Depois de recordar seus laços familiares com o samba, a vereadora Juliana Cardoso, que foi porta-bandeira da Escola de Samba Tradição da Zona Leste, disse que o projeto tem longo caminho até ser aprovado e sancionado pelo prefeito. “Precisamos estar sim bastante mobilizados para quando chegar ao plenário e depois para convencer o prefeito a não vetar”, afirmou. “O incentivo ao samba é uma importante política pública e uma forma de resistência contra os cortes de verbas do desgoverno federal na cultura”.